Mensagem Subliminar




Como enganar o nosso cérebro facilmente!


Nos anos 50, foi lançado nos Estados Unidos o filme Férias de Amor.
A história era sobre um viajante que chega a uma cidade e se apaixona...

O enredo não interessa muito. O importante é que o filme serviu para uma pesquisa bem original.
Nos cinemas, as imagens de Férias de Amor eram projetadas numa velocidade de 24 quadros por segundo. Esse é o ritmo necessário para o espectador ter a impressão de ver algo em movimento, e não uma seqüência de fotos paradas

Toda a imagem segue o mesmo trajeto na cabeça de uma pessoa. Primeiro, ela atravessa o globo ocular e é registrado na retina, um tecido com células sensíveis à luz. Depois, em forma de sinais nervosos, atravessa o cérebro passando pelo nervo óptico

O nervo vai da retina até parte de trás do cérebro, onde fica o córtex visual. Essa região faz mais ou menos o inverso da retina: ela transforma os impulsos nervosos em imagens, que são visualizadas e decifradas pelo cérebro.

A partir daí, a imagem percorre várias regiões. Do córtex visual, para o lobo parietal, onde são processadas informações espaciais sobre a imagem- como distância que separa o espectador da tela do cinema

Outro ponto de parada é no lobo temporal, onde fica o hipocampo, uma estrutura relacionada à memória.

 É aqui que a imagem vista na tela é relacionada com alguma experiência de vida do espectador e também armazenada para lembranças futuras.

Esse é o caminho de uma imagem comum. Mas, em 1957, em algumas sessões de Férias de Amor, o publicitário americano Jim Vicary inseriu duas frases no filme:

“Beba Coca-Cola" e "Coma Pipoca"

Que apareciam numa velocidade de três mil quadros por segundo “
Devido à velocidade de exibição, as frases não eram percebidas pelos espectadores. Com elas, Vicary queria provar a eficácia de mensagens captadas inconscientemente pelas pessoas, as chamadas mensagens subliminares


Edição: Fabio Volpe/ Victor Hugo
Texto: André Santoro e Cristina Ventura
Revista Mundo estranho