Capitulo Dois – A Intelectual do
Central Park
New York é, sem duvida, a capital mundial do
capitalismo. Como cheguei a esta conclusão? Hoje é sábado e aqui estou eu, na
Times Square abarrotada de gente saindo e entrando em lojas. As vitrines eram
realmente encantadoras, fossem elas de brinquedos, roupas, eletrônicos e etc.
Você sente vontade de comprar tudo no momento que bate o olho naquele lugar.
Contudo, a Times Square
fazia parte da rotina de vários nova-iorquinos trabalhadores que saiam de suas
casas no subúrbio para fazer atendimentos no epicentro de Manhattan, a junção
entre a Broadway e a 7ª avenida. O paraíso do consumismo.
Vez ou outra, eu
percebia grupos de pessoas conversando em português, mas não eram freqüentes,
as pessoas não costumam parar para pensar em um lugar onde seguir em frente é
quase que uma obrigação, ali era como o transito, se alguém parasse seria capaz
de provocar um engarrafamento e enfurecer a todos que estão em sua traseira.
- Oi. – Cumprimentei-a
na língua local e me agachei ao seu lado.
- Olá. –Retribuiu um
pouco insegura, eu acho, embora fosse difícil detectar emoções no sussurro que
ela deu.
- O que está lendo? –
Perguntei dobrando demais o erre do verbo “are”.
- Um Homem de Sorte. –
Respondeu depois de um pequeno deboche do meu erro oral. Eu deveria ser um
analfabeto funcional para ela, resolvi explicar.
- Eu sou brasileiro. –
Expliquei nada timidamente. – É minha primeira vez aqui em Nova Iorque.
- Seja bem-vindo então
à Grande Maçã. – Desejou-me referindo-se a cidade pelo apelido que John J. Fitzgerald colocou.
-
Muito obrigado. – Agradeci e parti para a azaração antes que ela fugisse. –
Quanto ao seu livro, acho que não vai mais precisar dele por que você acabou de
encontrar o seu Homem de Sorte.
Inclinei
meu corpo para mais perto do dela, antes que ela conseguisse assimilar o
trocadilho que fiz, mas ela me repreendeu.
-
As coisas não funcionam assim na America. – Explicou. – Você nem me disse seu nome.
-
Oh meu Deus, como pude esquecer esse detalhe? – Martirizei-me um pouco teatral
demais. – Meu nome é Charlie e o seu?
-
Sandra. – Apresentou-se mais aliviada.
-
Então podemos continuar de onde paramos? – Falei, mas dei tempo para que ela
processasse a pergunta e muito menos formasse uma resposta. Eu a beijei, mas
desta vez ela retribuiu. Eu não pretendia levá-la direto ao meu quarto no Plaza
sem saber se ela estava afim ou não.
-
Lá no Brasil é assim? – Perguntou curiosa. – Duas pessoas se beijam sem ao
menos se conhecer?
-
Às vezes. – Respondi com um pouco de sinceridade na voz. – Mas você tem um
magnetismo que eu nunca vi. – Confesso, nesta última parte eu menti. Ela era
como qualquer outra mulher para mim.
-
Ah, obrigada. – Retrucou timidamente e um tanto surpresa. – Eu não sei se sou
exatamente quem você está procurando para conquistar. Eu tenha quarenta anos.
-
Eu não estou surpreso. – Eu disse sério. – Eu não me importo com a idade, para
mim ela só mais um numero insignificante.
-
Contudo... – Comecei e andei com dois dedinhos na pelo seu ombro e subi até a
têmpora. – Você não é muito mais velha do que eu. São apenas cinco anos.
-
Sério? – Duvidou já desarmada. – Você parece ainda estar chegando aos trinta.
-
As aparências enganam. – Filosofei sem saber se aqui nos E. U. A. esta frase é
tão dita como no Brasil. – Eu, por exemplo, jamais pensaria que uma mulher tão
atraente como você pudesse ser tão intelectual.
-
Eu sou advogada. – Confessou, fugindo totalmente a minha filosofia. – Sou
divorciada e tenho um filho de treze anos.
-
Eu não me importo com nada disso. – Neguei ainda sério. – O que acha de
conversarmos na minha suíte no Plaza?
-
Você é mesmo um conquistador barato. – Admitiu mais para si mesma do que para
mim e revirou os olhos. – Eu aceito o seu convite.
Então
eu desfiz o caminho para retornar ao meu carro, de mãos dadas com ela. Algumas
garotas que eu vi ao passar fizeram alguns cochichos e outras até estamparam
expressões de desaprovação, mas eu não me importei e pelo visto nem a Sandra.
Quando enfim chegamos a minha suíte, ela cruzou os braços e acalentou um pouco
a sua região muscular acompanhada de um suspiro. Eu podia sentir que ela estava
se arrependendo.
Então,
para afastar aqueles sentimentos da sua cabeça, abracei-a por trás e beijei sua
nuca lentamente. E neste ritmo lendo fui girando-a até que eu pudesse sentir
seus batimentos cardíacos contra os meus. Eu sabia que tinha afastado todas as
sensações alheias ao prazer de sua mente e fui desabotoando suavemente cada
botão de seu casaco negro e depois de sua blusa branca até revelar o sutiã enegrecido
que lhe caia perfeitamente.
Sem
olhar as suas costas, desarmei o sutiã também e deixei seus seios nus. Foi a
vez dela de desabotoar cada botão da minha camisa até revelar meu peitoral
esculpido. Ela passou as mãos nele para sentir meu calor e eu podia ver seus
olhos se incendiando. Nesse embalo calmo ao despir as nossas roupas eu a levei
para a cama e pude finalizar o processo do modo convencional – ela não era
safada o suficiente para experimentarmos as posições mais sacanas.
Não perca na próxima sexta, o terceiro capítulo, desta grande história!
Uma web novela de João Paulo Alves