A Globo e o padrão de qualidade que o Brasil se acostumou


A Rede TV! e a Bandeirantes podem ter os melhores programas de humor da televisão e alguns apresentadores que exalam respeito. A Record pode ter um jornalismo invejável e a vontade de melhorá-lo a cada dia, enquanto o SBT carrega o título de ter os melhores programas de auditório da TV nacional e possuir alguém venerado por natureza: o seu próprio dono.

Mas apesar de tudo isso, analisado o conjunto da obra, todo o castelo e suas curvas mais redundantes, a Globo é aquela que, como diz Faustão, “não é perfeita, mas chega bem perto da perfeição”. Quando Hebe Camargo disse que a Globo “é a melhor televisão do mundo” e ficou repetindo inúmeras vezes, em pleno Domingão do Faustão, “Gente, eu estou na Globo”, ela não estava exagerando. É que estar na Globo remete ao poder, o poder de fazer parte da terceira maior emissora do mundo, daquela que vive a informação, o respeito, o entretenimento, o bem estar e mais tantas outras coisas que, quando analisadas detalhadamente, atinge parte do que se chama “primoroso”.
     
A pauta não é e jamais será audiência, é uma questão de prestigio, até por que números nunca definirão pessoas como Xuxa, Faustão, Angélica, Willian Bonner, Fátima Bernardes, Pedro Bial, Sérgio Chapelin, Cid Moreira, Gloria Maria, Ana Maria Braga, Galvão Bueno e mais alguns outros poucos. É por isso que é tão importante, para as outras emissoras, ter caras conhecidas pelo público na Rede Globo, como Ana Paula Padrão, Celso Freitas e Mylena Ciribelli, na Record, ou ainda Roberto Cabrini e Carlos Nascimento, no SBT. A questão é credibilidade.

Quando Pedro Bial disse – no novo vídeo institucional da emissora – que “a Globo se liga em você”, ele não estava mentindo nem inventando. É verdade, é a única que não faz questão de explorar as misérias do país de uma forma que não haja nada a acrescentar, é a única que faz novelas sem o uso de clichês e respeita seus funcionários de um modo sem igual, é a única que não preza os números e sim a qualidade, o respeito e o conceito de modéstia.


Se Roberto Marinho fosse vivo, ele se orgulharia de olhar o seu império e observar que o Brasil se acostumou com o padrão de qualidade que só a Globo tem.
Por: Breno Cunha
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