Mudanças – Capítulo 20
- FINAL
Autor: Victor Alvez
O AMOR move o mundo e gera MUDANÇAS
Narrador: Em minutos a polícia chega, os
comparsas fogem e ficam somente Sérgio e Felipe!
Policial: O que vocês estão fazendo?
Sérgio: Nós estávamos dando um susto na
Fernanda, mas ela caiu do penhasco!
Policial: Vocês estão presos!
Felipe:
Presos? Como assim?
Policial:
Simples, vocês acabaram de jogar uma pessoa do penhasco, vocês mataram!
Felipe:
Não, eu não matei ninguém! Eu não sou assassino!
Policial:
Coloquem-nos no porta-malas!
Sérgio:
Nós podemos explicar!
Policial:
Vocês terão bastante tempo para se explicar na delegacia!
Chama outra equipe para buscar o
corpo lá em baixo.
Narrador:
Sérgio e Felipe vão presos e ao chegar ligam para Ricardo!
Felipe:
Ricardo nós estamos presos!
Ricardo:
Presos? O que vocês fizeram?
Felipe:
A Fernanda morreu?
Ricardo:
Vocês estão loucos?
Felipe:
Nós estamos presos, vem para cá!
Narrador:
Ricardo vai até a casa de Dona Cida e conta o que aconteceu com Fernanda:
Dona Cida:
Você aqui Ricardo, que surpresa boa!
Ricardo:
Eu tenho uma coisa pra falar com você!
Narrador:
Os dois entram e Ricardo começa a falar.
Ricardo:
Dona Cida, sua filha estava metida em muita encrenca ultimamente!
Dona Cida:
Eu sei disso, ela fez muita besteira!
Ricardo:
Mas ela não cometerá mais nenhuma!
Dona Cida:
Não entendi!
Ricardo:
Infelizmente sua filha morreu!
Dona Cida:
... Morreu? Para de gracinha Ricardo!
Ricardo:
Infelizmente não é brincadeira!
Dona Cida:
(se desesperando) Não, minha filha não! Eu não mereço isso meu filho.
Nãoooooooooooooooooooooooooooooooooo!
Por que Deus! Onde está minha
filha Ricardo!
Ricardo:
Eu não sei!
Dona Cida:
(chorando) Como aconteceu isso! Foi acidente?
Ricardo:
Parece que não, o Sérgio e o Felipe foram estão presos pela morte dela!
Dona Cida:
Eles vão pagar por tudo isso! Eu vou matar os dois!
Ricardo:
Se acalma Dona Cida!
Dona Cida:
Me acalmar? É a minha filha que está morta, é a única coisa que eu mais amo, ela
saiu de dentro de mim, criei da melhor maneira possível, para ver ela dura num
caixão. Você acha que eu devo me acalmar?
Ricardo:
Não, eu compreendo sua dor, não tenho palavras para explicar, também gostava
muito dela, passei os meus últimos anos com ela e não posso negar que fui muito
feliz!
Equipe policial 2
Policial 2:
Onde está o corpo?
Policial 3:
Deve ter uns 10 metros esse penhasco, não daria para o corpo ir muito longe!
Policial 2:
Vamos isolar a área, e fazer uma busca!
Delegacia
Dona Cida:
Cadê minha filha? Onde ela está!
Delegado:
Minha senhora tenha calma, quem é você?
Dona Cida:
Maria Aparecida, mãe da Fernanda!
Delegado:
Senta ai, se acalma que assim você não vai resolver nada!
Dona Cida:
Eu quero saber da minha filha, e não vai ter homem que vai me acalmar!
Delegado:
Senhor manda ela se acalmar, se não vou prendê-la por desacato!
Ricardo:
Vamos sentar aqui dona Cida!
Narrador:
O delegado chama Sérgio e Felipe para depor!
Delegado:
O que vocês fizeram com a moça?
Felipe:
Ela me seqüestrou essa semana, fiquei alguns dias presos, fui torturado e
passei fome!
Delegado:
Aqui não tem nada registrado!
Felipe:
Eu não registrei boletim, ela exigiu que não colocassem a policia no meio para
eu ser solto!
Delegado:
Você tem provas?
Felipe:
Não tenho!
Sérgio:
Eu era comparsa dela, mas não sabia do seqüestro, eu e o Felipe fizemos com
ela, o que eu e ela havíamos combinado de fazer!
Delegado:
O que vocês iriam fazer:
Sérgio:
Microondas! Colocar ele dentro de pneus e tacar fogo!
Delegado:
Vocês fizeram isso com ela?
Sérgio:
Não e nem iríamos fazer, era só um susto, mas os comparsas dela chegaram, ela
quis se soltar e acabou rolando penhasco abaixo.
Delegado:
Homicídio qualificado!
Felipe:
Não sou assassino!
Delegado:
Lobo mal também não é mal! Ele comeu a vovozinha por hobby!
Escrivão:
Delegado pode vir aqui?
Narrador:
O delegado e o escrivão começam a conversar!
Sérgio:
Nós nunca mais vamos sair da cadeia!
Felipe:
Cara, eu quero morrer! Se arrependimento matasse eu estaria feliz agora!
Sérgio:
Homicídio qualificado, formação de quadrilha...
Delegado:
Vocês nasceram com o rabo virado para a lua não é?
Sérgio:
Não entendi senhor!
Delegado:
Vocês ainda irão responder por alguns crimes, tentativa de homicídio...
Felipe:
Tentativa?
Delegado:
A vítima não morreu, não acharam o corpo no local e fizeram uma busca e acharam
ela sendo carregada por dois homens!
Felipe:
Ela está bem?
Delegado:
Parece que os pneus ajudaram bastante!
Sérgio:
Graças a Deus
Narrador:
O escrivão dá a notícia para o Ricardo e o mesmo fala para Dona Cida.
Ricardo:
Dona Cida acharam a Fernanda e ela não morreu!
Dona Cida:
Obrigado meu Deus! Eu devo minha vida pra você! Foi o melhor presente que eu
ganhei em toda a minha vida, onde ela está?
Ricardo:
Em um hospital!
Dona Cida:
Vamos para lá agora!
Narrador: Os dois vãos para o
hospital e encontram Fernanda no quarto!
Dona Cida:
Minha filha, você está bem?
Fernanda:
Ai mãe, não me aperta estou dolorida! Estou bem sim!
Dona Cida:
Nós vamos nos vingar daqueles dois caras que fizeram isso com você!
Fernanda:
Não vou!
Dona Cida:
Como assim minha filha? Você poderia estar morta por causa deles!
Fernanda:
Sim eu poderia, mas eu também já fiz muita maldade com o Felipe, eu quero paz
na minha vida. Eu sobreviver foi uma segunda chance que Deus me deu e vou
tentar ser melhor na minha vida!
Dona Cida:
Eu não estou te conhecendo minha filha!
Fernanda:
A partir de hoje eu sou uma nova Fernanda e eu quero que respeitem essa minha
nova fase!
Dona Cida:
Olha minha filha eu me vingaria, mas já que é essa sua decisão eu ficarei feliz
e sempre junto com você do mesmo jeito!
Narrador:
As duas dão um abraço e Ricardo vai até a delegacia!
Delegado:
Vocês serão presos por tentativa de homicídio, seqüestro e formação de
quadrilha!
Felipe:
Eu não mereço isso!
Narrador:
Sérgio e Felipe vão presos e passam uma semana na delegacia; Fernanda vai até a delegacia depor sobre o caso, assume seu erro e pede para que o caso
seja anulado e consegue que os dois fiquem livres até o dia do julgamento!
Meses depois
Narrador:
Chega o dia do julgamento, Felipe e Sérgio não são presos, mas terão que fazer
serviços comunitários e distribuir cestas básicas!
Fernanda:
Fico feliz Felipe, que você está livre agora!
Felipe:
muito obrigado Fernanda, é um peso que sai das minhas costas, vida nova agora!
Fernanda:
Exatamente, acho que isso serviu de lição para todos nós!
Felipe:
Concordo, posso te dar um abraço?
Fernanda:
Claro, e ainda ganha um beijo!
Ricardo:
Parabéns Sérgio! Vida nova agora!
Sérgio:
Sim vou me mudar para o Rio de Janeiro, fazer uma faculdade de Educação Física,
vou tentar realizar meu sonho!
Fernanda:
Do jeito que você é aplicado vai longe! Cadê meu abraço?
Sérgio:
Me desculpa por tudo, desejo tudo de bom para você!
Fernanda:
Para todos nós
Ricardo:
Felipe, você não vai me abraçar?
Felipe:
Claro meu amor, te abraçarei o resto de toda sua vida!
Fernanda:
Ai que amor! (risos)
Felipe:
Mãe eu estou livre!
Mãe de Felipe:
Graças ao cara lá de cima, agora não faça besteiras e seja muito feliz meu
filho, da maneira que você sempre quis!
Felipe:
Eu serei, pode apostar!
Dona Cida:
Agora vamos todos para minha casa, que eu preparei um almoço para todos nós!
Ricardo:
Opa, comida da dona Cida não é para qualquer um!
Dona Cida:
Não é para tanto meu filho! (risos)
Um ano depois...
§
Todos
estão muito felizes, Ricardo e Felipe estão morando juntos, entraram na fila de
adoção e pretendem se casar e Felipe continua prestando serviço comunitário e
criou até uma Ong;
§
Fernanda
está morando nos Estados Unidos e namorando um americano;
§
Sérgio
está morando no Rio de Janeiro fazendo faculdade de Educação Física, prestando
serviço comunitário nas comunidades do rio e distribuindo cestas;
§
Dona
Cida abriu um restaurante, que está indo de vento em polpa, sua comida agradou
os fregueses;
§
A
mãe de Felipe participa de reuniões, onde dá seu depoimento e ajuda mãe a
aceitarem seus filhos homossexuais.
O AMOR MOVE O MUNDO E GERA MUDANÇAS...
O preconceito é uma
máscara usada pelos covardes!